quarta-feira, 28 de outubro de 2009

NINGUÉM NUNCA DISSE QUE SERIA FÁCIL...


Não pense que a pessoa tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar a mesma.
Até cortar os defeitos pode ser perigoso, nunca se sabe qual o defeito que sustenta nosso edíficio interior.
Existem certos momentos em que o primeiro dever a realizar é em relação a nós mesmo.
Respeite mesmo o que é ruim em você, respeite sobretudo o que imagina que é ruim em você.
Não copie uma pessoa ideal, copie você mesma.
É esse o único meio de viver.
Ainda que eu me julgue errada, julgue as outras pessoas erradas, não tenho o poder do julgamento.
O fato é que dói, é que o coração acelera sem ritmo algum, é que não se sabe mais por onde seguir e o que mais pensar.
E ai eu lembro que ninguém nunca disse que seria fácil!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

ETERNA CRIANÇA...


Sou uma eterna criança!
Louca pela vida, pela poesia, pelos amigos, pela música, pela família...
Uma criança um pouco mimada, as vezes carente,
precisando de colo
e do aconchego das pessoas que amo...
Pulo na cama, durmo com boneca, me escondo, corro pela rua,
falo besteira, brinco com a comida, ando descalço, tomo banho de chuva, falo igual criança, brinco com meus sobrinhos como se ainda tivesse a idade deles, canto músicas infantis, converso com minha cadela, gosto de carimbinhos e personagens em miniatura...
Sinto-me sempre ganhando presentes...
Sou criança, pela mente, pela alma, pelo amor, pela modéstia,
pela inconsequencia, pela amplitude de agir num destemor sem pudor, sem vergonha de existir, porque vivo intensamente sem pensar em coerência, porque ainda enxergo meus sonhos além do limite real.
Sou criança mesmo adulta, pois minha alma ainda sorri transbordando alegrias, sem se importar com nada.
Ainda faço peripécia, como toda e qualquer criança.
Acho que nunca chegarei a ser adulta, por completo...
Porque não tenho dom pra fazer sala.
Porque prefiro brincar aos pés das visitas.
Porque um Peter Pan mora dentro de mim
Zomba da minha sombra...
Porque não tenho estômago pra beber vinho tinto
e fazer cara de etiqueta numero cinco.
Nunca vou chegar a ser totalmente adulta...
Porque prefiro um copo grande de toddy gelado, ao invés do cafezinho.
Porque detesto sapato antitropical.
Porque prefiro andar descalço.
Nunca vou chegar a ser completamente adulta...
Porque prefiro andar na bicicleta do ET.
Rumo à lua.
Rumo à terra do nunca.
Rumo à este lugar que nunca vou chegar.
Porque dele nunca saí absolutamente.
Nunca vou chegar a ser adulta de verdade...
Porque prefiro dizer não sei, quando não sei
Porque prefiro dizer que não quero, quando não quero.
Porque prefiro ser o que sou e não o que querem que seja.
Todos ainda temos dentro de nós, um pouco da criança que um dia fomos...
Só falta deixá-la livre de vez em quando...
Então... "FELIZ DIA DAS CRIANÇAS" ;)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

QUANDO O AMOR ACABA...

Nenhum amor acaba de uma hora para outra. Ocorre todo um processo, antes de se ter consciência de que realmente acabou. Nem sempre percebemos estes sintomas, que avisam e gritam que algo está errado. Não percebemos que a pessoa, a quem entregamos o nosso coração, a quem contamos os nossos mais profundos segredos de alma, mudou.
Nosso instinto sabe sim, que algo está errado. Mas, talvez, para não querer sair do mundo de tanta magia, que estamos vivendo, ignoramos propositalmente os sinais.
Não notamos que aquela pessoa está com os olhos distantes, que se ausenta, que está meio calado. Não queremos acreditar que algo vai mal. Afinal, amamos tão profundamente e estamos tão felizes, que é insuportável pensar que a outra pessoa não esteja sentindo a mesma coisa por nós. Damos o nosso máximo, entregamos a nossa mais pura essência. Flutuamos, em vez de andar e começamos a sorrir e cantarolar o tempo todo.
Então, num belo dia, nosso mundo todo desaba. A pessoa nos confessa, que não nos ama mais. Parece um sonho ruim. Como que não percebemos antes? Por que fomos tão longe, sem fazer uma avaliação mais racional?
A primeira reação é de profundo desespero. O chão some sob nossos pés, o corpo começa a tremer e o coração quase pára de bater. O ar some de nossos pulmões e achamos que vamos morrer de tanta dor. Tudo perde o sentido. A vida se torna cinzenta, e nada, absolutamente nada, pode aliviar esta sensação horrível.
Momentaneamente, tudo parece acabar. Mas, logo percebemos que nada podemos fazer.
E, como sonâmbulos, passamos a vagar pelos dias e noites que se seguem. Chorando copiosamente, sem sentir fome, sem ter noção das horas. Os dias passam, e então, os sentimentos confusos, que vão desde a mágoa profunda, até a raiva mais intensa, derramam também a culpa dentro da gente.
Passamos a achar que o erro está em nós. Que poderíamos ter feito mais. Que não somos bons o suficiente, ou ainda, que não merecemos ser amados.
Esta é a coisa mais injusta que fazemos com nós mesmos. Mas, faz parte do processo.
A profunda saudade começa a pesar, e o vazio nos avisa que precisamos tomar uma atitude. Perdemos uma parte de nós mesmos, mas precisamos recomeçar por alguma ponta. Jogar-se de corpo e alma dentro dos afazeres, trabalhar muito, ocupar a mente, para evitar pensar é a estratégia mais usada. É uma espécie de blefe que funciona parcialmente. Chegamos tão cansados, que dormimos sem fazer força. Mesmo que nossas noites sejam povoadas por pesadelos. Mas, a noite passa e um novo dia sempre chega. E mais um. E mais um.E, a dor finalmente dá uma pequena trégua. Muito timidamente, começamos a sorrir outra vez. Passamos, novamente, a prestar atenção aos detalhes da vida, e despertamos lentamente, desse estágio de hibernação da alma, que ficou mergulhada na dor.
Erros? Não houve erros. Faltou foi sintonia. Não era para ser. Por mais amor que doássemos, não foi para a pessoa certa. Então, meio a contragosto, olhamos para trás. E lá está escrito, que esta pessoa era muito diferente do modelo de amor, que trazíamos escrito em nossa memória.
Afinal de contas, não era tanto amor assim. Foi sim, algo maravilhoso que vivemos, mas passou. Fez parte das provas da vida. Do nosso crescimento pessoal. Talvez nos mostrou a NOSSA GRANDE CAPACIDADE DE AMAR. . Esta é a lição que deve permanecer...

domingo, 4 de outubro de 2009

CONTOS DE FADAS

Quando somos crianças, somos bombardeadas com histórias de princesas e príncipes. O cara ideal que vai nos salvar, num lindo cavalo branco e que irá nos levar para conhecer o mundo, vai nos encher de presentes e nos tratar como as rainhas das histórias. Ele precisa ser belo, gentil, honesto e, claro, suficientemente desafiador para não nos fazer cair no tédio. Ou seja, o famoso príncipe encantado. Claro que, para isso, precisamos cumprir certos requisitos. Precisamos manter o peso abaixo, muito abaixo dos três dígitos, mais ou menos na metade disso. Precisamos estar sempre fresh, cheirosas e como se acabássemos de sair do banho. Nossos rostos já perfeitos com o uso de ácidos e outras mazelas, ficam encobertas por uma fina camada de maquiagem que só realça nossos traços já bonitos e delicados, escondendo as temidas imperfeições.
Imperfeições. Que palavrão. Corremos dela o tempo todo tentando nos manter perfeitas, desejáveis e bonita. E parece que quanto mais você corre atrás, mais ela corre de você.
Eu sou uma destas pessoas que se ama, sabe? Eu adoro me cuidar. Tenho dermatologista, esteticista, manicure e ginecologista. Olho-me no espelho e procuro o que consertar. Devoro revistas de beleza e moda, mas só consegui fazer estas coisas todas quando parei de tentar ser perfeita.
Não, os príncipes encantados não existem. Mas as princesas também não e talvez esta seja a nossa pior ilusão. É uma vontade tão grande de agradar, de ser perfeita, de caber nos esquemas sociais que um dia acordamos e nem temos vontade de escovar os dentes, que é uma medida de higiene, e não de beleza. Parece que vem uma revolta lá de dentro, de tudo o que poderíamos fazer e não podemos porque não somos perfeitas. Por mais que nos esforcemos no trabalho, sempre deixamos uma coisa para fazer. Por mais que eu revise este texto, deve ter um ou outro erro de português que sim, passou despercebido. E nunca, nunca vamos dar conta de tudo o tempo todo. Ser uma mulher alfa com todos os aspectos da vida resolvidos. Isso sim é um conto de fadas. O pior é que queremos de volta o nosso investimento. Queremos homens que nos dêem coisas que não nos damos. Queremos pessoas que nos compreendam 24 hrs. Queremos amigos que nos apóiem incondicionalmente quando não fazemos isso conosco.
Quantas vezes cometemos um erro, um erro bobo, e acabamos com nós por isso?
Qual o tamanho do medo que temos de errar, que nos faz nem tentar?
Por que simplesmente não aceitamos que isso aqui, a vida, é um processo evolutivo e que sim, já somos criaturas perfeitas, aprendendo, aprendendo? É um processo. Uma maneira de ver.
Não é errado gostar das coisas, amar-se e querer se ver melhor. Não é errado ser como somos. Não estamos errados. Temos dias de glória, mas antes dele, temos o trabalho. Os acertos e os erros e, aí sim, o final feliz da história.
Como diria o poeta: "No fim tudo dá certo. Se não deu certo, é porque ainda não chegou ao fim";)