sábado, 20 de março de 2010

EU ESTAVA PENSANDO...

Eu estava pensando o que seria de mim se não tivesse a capacidade de sonhar. E eu sonho muito, as vezes me pego surfando nas nuvens.Tem horas que fecho os olhos, abro as janelas de minha alma, escancaro os portões de meus pensamentos e viajo por lugares, sons e imagens que me acalmam, me fazem sorrir, me deixam feliz...
O bom disso tudo é que posso penetrar e viver os meus sonhos absolutamente lúcida, abastecida apenas por um copo de água gelada...
Essa capacidade de me desligar de uma realidade e sonhar com outra muito melhor é maravilhoso!
Eu também estava pensando que se não tivesse amigos como seria minha vida. Ter amigos é uma benção dos céus e mesmo os poucos inimigos que tenho agradeço a Deus por terem entrado em minha vida, pois embora não acreditem me ajudaram muito e me ensinaram muito...
Eu estava pensando como seria minha vida se não tivesse conhecido o amor. O amor é maravilhoso, importante e principal motivador que me faz pular da cama com alegria antes do relógio despertar. Penso que se não tivesse conhecido o amor, meu coração estaria batendo de uma forma tão lenta, tão arrastada que com certeza precisaria de uma bengala.
Eu estava pensando como minha vida seria sem graça se não tivesse sido apresentada a Sra. Insônia, fiel companheira de outra grande amiga que é a D. Magrugada. Teria perdido lindos e maravilhosos espetáculos, como a brisa matutina, as estrelas se despedindo, a buzina chata do guardinha, o rosnar dos gatos da vizinha se amando e principalmente os primeiros raios do Sr. Sol, pedindo passagem para iluminar mais um lindo dia...
Eu estava aqui pensando, pensando e pensei tanto que nem percebi que era hora de parar.
Vou arrumar cuidadosamente as cadeiras da minha varanda, dar um bom dia ao Sr. Sol e tomar outro banho...
Afinal de contas não posso deixar de pensar que hoje será mais um lindo dia!!!

segunda-feira, 8 de março de 2010

MULHERES...

Qual o elogio que uma mulher adora receber?
Bom, se você está com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos:
mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles físicos ou morais.
Diga que ela é uma mulher inteligente, e ela irá com a sua cara.
Diga que ela tem um ótimo caráter e um corpo que é uma provocação, e ela decorará o seu número.
Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presença de espírito, da sua aura de mistério, de como ela tem classe:
ela achará você muito observador e lhe dará uma cópia da chave de casa.
Mas não pense que o jogo está ganho: manter o cargo vai depender da sua perspicácia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta.
Diga que ela cozinha melhor que a sua mãe, que ela tem uma voz que faz você pensar obscenidades, que ela é um avião no mundo dos negócios.
Fale sobre sua competência, seu senso de oportunidade, seu bom gosto musical.
Agora quer ver o mundo cair?
Diga que ela é muito boazinha.
Descreva aí uma mulher boazinha.
Voz fina, roupas pastel, calçados rente ao chão.
Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos sobrinhos nos finais de semana.
Disponível, serena, previsível, nunca foi vista negando um favor.
Nunca teve um chilique.
Nunca colocou os pés num show de rock.
É queridinha.
Pequeninha.
Educadinha.
Enfim, uma mulher boazinha.
Fomos boazinhas por séculos.
Engolíamos tudo e fingíamos não ver nada, ceguinhas.
Vivíamos no nosso mundinho, rodeadas de panelinhas e nenezinhos.
A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas, crucifixo em cima da cama, tudo certinho.
Passamos um tempão assim, comportadinhas, enquanto íamos alimentando um desejo incontrolável de virar a mesa.
Quietinhas, mas inquietas.
Até que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas.
Ninguém mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes, estrelas, profissionais.
Adolescentes não são mais brotinhos: são garotas da geração teen.
Ser chamada de patricinha é ofensa mortal.
Pitchulinha é coisa de retardada.
Quem gosta de diminutivos, definha.
Ser boazinha não tem nada a ver com ser generosa.
Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo.
As boazinhas não têm defeitos.
Não têm atitude.
Conformam-se com a coadjuvância.
PH neutro.
Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenções, é o pior dos desaforos.
Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas,
apressadas, é isso que somos hoje.
Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmáticos.
As “inhas” não moram mais aqui.
Foram para o espaço, sozinhas.

(Martha Medeiros)

sábado, 6 de março de 2010

PAR PERFEITO...

Era uma vez um anjinho muito distraído chamado AMOREL, que recebeu uma incumbência de Deus:
- AMOREL, acabo de inventar os humanos. Eles estão classificados como homem e mulher, cada um tem seu par e já estão todos alinhados de par em par. Pegue esta bandeja de humanos e leve para que eles habitem a Terra.
AMOREL ficou contente pois, há muito tempo, o Senhor não o chamava para tão nobre trabalho. O anjinho pegou a bandeja e ao virar uma esquina lá no céu, trombou com uma anjinha chamada AMANDA.
A bandeja voou longe, e todos os casais de humanos se misturaram.
AMOREL e AMANDA ficaram desesperados e foram contar para Deus o ocorrido e o Senhor falou:
- Vocês derrubaram, vocês juntarão! Porém, parece que Deus se esqueceu que os anjinhos eram distraídos. E é por isso que a cada dia os casais se juntam e se separam. Os dois anjinhos, trabalham incessantemente para que os casais originais se encontrem.
O trabalho é muito difícil, tanto é, que por muitas vezes eles juntam casais errados, pois os humanos espalhados ficam inquietos e cobram o serviço dos anjinhos, o tempo todo. Quando os humanos se mostram muito desesperados, os anjinhos unem dois desesperados, mas logo depois percebem o engano e os separaram, e por muitas vezes, esta separação é brusca, pois não se tem tempo a perder.
Recebi um bilhete dos dois anjinhos e vou mandar pra você agora.
“Se você é um humano, queremos pedir desculpas pela nossa distração, pois errar não é só humano! Estamos trabalhando com empenho, porém, sempre contando com a ajuda de vocês. Não se desesperem mas também, não se isolem.
Tentem se mostrar realmente, quem é cada um de vocês, pois a medida que cada um mostrar o que é de verdade, vai tornar o nosso trabalho mais fácil. Aproveitamos a oportunidade, para nos desculpar pelas separações abruptas, sabemos que elas geram muito transtorno, mas se nós o separamos de alguém, é por que em algum canto vimos alguém bem mais parecido e por isso precisamos isolá-los para facilitar o encontro.”

sexta-feira, 5 de março de 2010

RECOMEÇAR É PRECISO...


Não sei dizer se a vida nos cansa ou se nós é que nos sentimos fadigados às vezes da existência. Nos repetimos sempre. Ou quase. E nos lamentamos desse dia-a-dia onde nos levantamos, trabalhamos, regressamos e descansamos para no dia seguinte recomeçarmos.
Mas é essa a vida e muitos não aceitariam mudança nenhuma se a oportunidade lhes fosse oferta. Ter que recomeçar alguma coisa abala muita gente, pois mesmo a vida corriqueira e imutável causa segurança. Conhece-se os caminhos, os atalhos, os desvios, as curvas a serem evitadas.
A consciência de ter que recomeçar é que nos faz sofrer, duvidar, temer. Medimos nossa capacidade e com bastante freqüência... nossa incapacidade! Se não medirmos nada, avançaremos como as crianças avançam nos primeiros passos, titubeantes, mas orgulhosos.
A mente humana é um poderoso instrumento. Ela condiciona, impõe, impede, impele, comanda... mas nem sempre no bom sentido. Ela sente, ressente, guarda as impressões e as marcas que a vida vai fazendo ao longo dos anos. E se pensamos em recomeçar alguma coisa, ela acende a luz vermelha em sinal de atenção. Assim é que muitos paralisam-se e não fazem nada. Acomodam-se.
Porém, a vida nos impõe recomeços a cada instante e os seguimos com
naturalidade, fazemos nossa parte. Somos condicionados e nem nos questionamos.
Me pergunto então por que não nos condicionamos a viver coisas novas, experimentar nem que seja por uma vez ousar. Se é nossa mente que nos comanda e que somos donos de nós, por que não pegarmos as rédeas, o comando?
A vida desabrocha por todos os cantos e precisamos vivê-la. Mas bem vivê-la. Deus nos criou para sermos felizes, não para passarmos os dias perdidos em lamentos sem tomar atitudes.
Recomeçar é preciso quando o que temos já não nos satisfaz. E recomeçar é sempre possível quando colocamos de lado as dúvidas, pois perdedor na vida não é quem tentou e não conseguiu, mas sim aquele que abandonou a coragem e perdeu a fé.

terça-feira, 2 de março de 2010

ANTES DE CONDENAR...


Conta o escritor Stephen Covey, em um de seus livros, um fato ocorrido com ele, numa manhã de domingo, no metrô de Nova York.
As pessoas estavam calmamente lendo jornais, divagando, descansando com os olhos semicerrados. Era uma cena calma e tranqüila.
Subitamente, um homem entrou no vagão do metrô com os filhos. As crianças faziam algazarra e se comportavam mal. O clima mudou instantaneamente.
O homem sentou-se ao lado de Stephen e fechou os olhos, aparentemente ignorando a situação.
As crianças corriam de um lado para o outro, atiravam objetos e chegavam a puxar os jornais dos passageiros, incomodando a todos.
Mesmo assim o pai não fazia nada.
Para Stephen era quase impossível evitar a irritação. Ele não conseguia acreditar que ele pudesse ser tão insensível a ponto de deixar que seus filhos incomodassem os outros daquele jeito, sem tomar uma atitude.
Dava para perceber facilmente que as demais pessoas também estavam irritadas.
A certa altura, enquanto ainda conseguia manter a calma e o controle, Stephen virou-se para o homem e disse: “Senhor, seus filhos estão perturbando muitas pessoas. Será que não poderia dar um jeito neles?”
O homem olhou para Stephen, como se estivesse tomando consciência da situação naquele exato momento, e disse calmamente: “Sim, creio que o senhor tem razão. Acho que deveria fazer algo. Acabamos de sair do hospital, onde a mãe deles morreu há uma hora... Eu não sei o que pensar, e parece que eles também não sabem como lidar com isso”.
Nós podemos imaginar como Stephen se sentiu naquele momento...
Diante da resposta inesperada, ele passou a ver a situação de um modo diferente. E como via diferente, pensava, sentia e agia de um jeito diferente.
Quantas vezes nós vemos, sentimos e agimos de maneira oposta à que deveríamos, por não perceber a realidade que está por trás da cena.
No mundo conturbado em que vivemos, pensando quase exclusivamente em nós próprios, muitas dores e gemidos ocultos passam despercebidos, e perdemos a oportunidade de ajudar, de estender a mão.
Por isso, é importante que cultivemos em nós a sensibilidade para perceber a dor oculta e amenizar a aridez da vida ao nosso redor.
Geralmente o que fazemos é condenar, sem a mínima análise da realidade de quem está passando por árduas dificuldades.
No entanto, é tão bom quando alguém percebe nossas dores e sofrimentos que não ousamos expressar...
É tão agradável quando alguém nota que estamos atravessando momentos difíceis e nos oferece apoio...
É tão confortador encontrar alguém que leia em nossos olhos a tristeza que levamos na alma dilacerada, e nos acene com palavras de otimismo e esperança...
As pessoas têm maneiras diferentes de enfrentar o sofrimento. Umas se desesperam, outras ficam apáticas, muitas se tornam agressivas, algumas fogem...
Por tudo isso, não devemos julgar a situação pelas aparências, porque podemos nos enganar.
No caso do metrô, após saber o que realmente estava acontecendo com aquele pai e seus filhos, o coração de Stephen tomou-se de compaixão.
Sinto muito. Gostaria de falar sobre isso? Posso ajudar?
Essa foi a atitude daquele que estava prestes a ter um ataque de nervos.
Seus sentimentos mudaram. E mudaram porque ele soube da verdade que se escondia por trás da aparente indiferença de um pai que não sabia como lidar com o próprio sofrimento...

Pensemos nisso!

segunda-feira, 1 de março de 2010

SEJA FELIZ E PRONTO...


A idiotice é vital para a felicidade.
Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre.
A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado?
Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota!
Ria dos próprios defeitos.E de quem acha defeitos em você.
Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice.
Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça?Ha ha ha ha ha!
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas.
E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar?
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... A realidade já é dura; piora se for densa.
Dura, densa, e bem ruim. Brincar é legal. Entendeu?
Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva.
Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.
Ser adulto não é perder os prazeres da vida – e esse é o único “não” realmente aceitável.
Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.
Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são passageiras.
Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...
Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus, confie e espere só n’Ele e pra relaxar que tal um cafezinho gostoso agora?
“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios.
Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche”.

Seja você mesmo sempre e viva a vida!


(Arnaldo Jabor)