domingo, 27 de setembro de 2009

PROVANDO DO PRÓPRIO VENENO...


Há muito tempo atrás, uma moça chamada Jin Yani se casou e foi viver com o marido e a sogra. Depois de alguns dias, passou a não se entender com a sogra. As personalidades delas eram muito diferentes e Jin Yani foi se irritando com os hábitos da sogra que freqüentemente a criticava.
Meses se passaram e Jin Yani e sua sogra cada vez discutiam e brigavam mais e de acordo com antiga tradição chinesa, a nora tinha que se curvar a sogra e a obedecer em tudo.
Jin Yani já não suportando mais conviver com a sogra decidiu tomar uma atitude e foi visitar um amigo de seu pai, que a ouviu e depois com um pacote de ervas lhe disse:- "Você não poderá usá-las de uma só vez para se libertar de sua sogra porque isso causaria suspeitas. Vou lhe dar várias ervas que irão lentamente envenenando sua sogra. A cada dois dias ponha um pouco destas ervas na comida dela. Agora, para ter certeza de que ninguém suspeitará de você quando ela morrer, você deve ter muito cuidado e agir de forma muito amigável. Não discuta, ajudarei a resolver seu problema, mas você tem que me escutar e seguir todas as instruções que eu lhe der".Jin Yani respondeu:- "Sim, Sr. Huang, eu farei tudo o que o que o senhor me pedir".
Jin Yani ficou muito contente, agradeceu ao Sr. Huang e voltou apressada para casa para começar o projeto de assassinar a sua sogra.Semanas se passaram e a cada dois dias, Jin Yani servia a comida especialmente tratada à sua sogra. Ela sempre lembrava do que Sr.Huang tinha recomendado sobre evitar suspeitas e assim ela controlou o seu temperamento, obedeceu a sogra e a tratou como se fosse sua própria mãe.
Depois de seis meses a casa estava com outro astral. Jin Yani tinha controlado o seu temperamento e quase nunca se aborrecia. Nesses seis meses não tinha tido sequer uma discussão com a sogra, que agora parecia muito mais amável e mais fácil de lidar.As atitudes da sogra também mudaram e elas passaram a se tratar como mãe e filha.
E por isso Jin Yani foi novamente procurar o Sr. Huang para pedir-lhe ajuda e disse:- "Querido Sr. Huang, por favor me ajude a evitar que o veneno mate minha sogra! Ela se transformou numa mulher agradável e eu a amo como se fosse minha mãe. Não quero que ela morra por causa do veneno que eu lhe dei".
Sr. Huang sorriu e acenou com a cabeça.- "Jin Yani, não precisa se preocupar. As ervas que eu dei eram vitaminas para melhorar a saúde dela. O veneno estava na sua mente e na sua atitude, mas foi jogado fora e substituído pelo amor que você passou a dar a ela".
Na China existe uma regra dourada que diz: "A pessoa que ama os outros também será amada."
Na grande parte das vezes recebemos das outras pessoas o que damos a elas... por isso lembre-se sempre:"O plantio é opcional...A colheita é obrigatória...Portanto cuidado com o que planta !"

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

TELEFONE SEM FIO...

Às vezes parece que se relacionar é como brincar de telefone-sem-fio: recebemos uma informação passamos adiante e depois aguardamos o retorno do que transmitimos.
Uma pena que com o tempo desaprendemos a brincar. Ao contrário das crianças que morrem de rir quando escutam o que chegou do outro lado da linha (uma baita distorção) tentamos entender quem errou, onde a falha aconteceu e pior, culpamos o outro dizendo que ele não prestou atenção direito e por isso a brincadeira desandou.
Quanto mais nos preocupamos em controlar o que vai chegar ao final da linha, mais chata e frustrante fica a brincadeira! Não há como controlar o que vai chegar do outro lado do fio. Cada ouvido é sensível a um tipo de palavra. Cada ouvido capta um tipo de informação. Cada pessoa por trás do ouvido carrega um mundo de sons, cheiros, imagens e sensações dentro de si.
Para alguns, dança vira insegurança; crença vira doença; existência, ausência; experiência, penitência; indiferença, recompensa. E não adianta ralhar porque tudo saiu ao avesso e o outro não escutou o que você queria que ele escutasse. Brincar, se relacionar, tem dessas coisas...
Se observássemos mais as crianças, saberíamos que toda brincadeira tem seu risco e, por isso mesmo, valem a pena! Saberíamos que a delícia do telefone-sem-fio é exatamente o momento em que o erro fica evidente e que a alegria está em compartilhar, já que não há ganhadores ou perdedores nesse jogo.
Quando foi que deixamos de rir dos nossos erros? Quando foi que errar se transformou em sinônimo de fracassar e de vergonha? Por que simplesmente não conseguimos fazer como as crianças que “se acabam” de rir quando algo dá errado e depois tentam de novo e de novo e de novo?
Será que foi quando descobrimos que as conseqüências de alguns erros podem complicar nossas vidas? Ou será que foi quando passamos a nos preocupar mais com o que os outros pensam de nós do que com o que nós pensamos de nós mesmos?

Todos temos uma criança alegre dentro de nós, mas poucos a deixam viver...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O SOL VOLTARÁ A BRILHAR...

Está chovendo por aqui, o que deixa o feriado prolongado meio melancólico.
Então pensei: vou em busca do sol, em algum lugar ele deve estar escondido. Encontrei essa mensagem e consegui ver o “sol” ;)

Há muitos anos atrás, um jovem vendedor de jornais, magro e com as roupas encharcadas pela chuva, continuava trabalhando mesmo sentindo calafrios naquele dia de inverno.
Primeiro ele descalçava um dos pés e o comprimia junto à outra perna tentando conseguir um pouco de calor. Depois fazia o mesmo com o outro pé. A todo momento ele gritava de forma estridente: "Jornal matutino! Jornal matutino!"
Um homem que passava perto dele e estava bem protegido por seu casaco e guarda-chuva, parou para comprar o jornal e notando o desconforto do menino, disse: "Este tempo é muito ruim para você, não é?" Olhando para cima, o menino fitou o homem e, com um sorriso, respondeu: "Eu não me importo muito, senhor. O sol brilhará novamente".
Que belo quadro da vida cristã! Os ventos gelados das adversidades e os céus cinzentos de um ambiente pecador podem facilmente nos desencorajar. Mas podemos contar sempre com dias melhores porque sabemos que Deus está trabalhando em nossas vidas. Talvez estejamos enfrentando o mau tempo das crises e decepções. As vestes de nossa fé estão frias e não sentimos nenhuma motivação para persistir na busca de nossos sonhos. Todas as circunstâncias sussurram em nossos ouvidos espirituais: "Não há solução... desista". Mas nós somos filhos de Deus e não podemos ser dirigidos pela situação momentânea.
Aprendemos, desde que Jesus veio morar em nosso coração, que há um Deus que nos ama e que nos ajuda mesmo quando a desesperança se apresenta atrevida em nosso caminho. Ela será sempre derrotada porque maior é Aquele que está em nós. Mais cedo ou mais tarde a vitória virá.
Se os ventos contra nós são fortes, logo haverá bonança.
Se a tristeza nos invade a alma, logo nosso coração estará regozijando de alegria.
Se as chuvas das decepções estiverem molhando as nossas aspirações, logo voltará a brilhar o sol das incontáveis bênçãos do Senhor...

SOLIDÃO NÃO É FALTA DE GENTE...


Solidão não é a falta de gente para conversar,

namorar, passear ou fazer sexo.....

isto é carência...

Solidão não é o sentimento que experimentamos

pela ausência de entes queridosque não podem mais voltar...

isto é saudade...

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se

impõe, às vezes, para realinharmos pensamentos...

isto é equilíbrio...

Solidão não é o claustro involuntário que o destino

nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida...

isto é um princípio da natureza...

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...

isto é circunstância...

Solidão é muito mais do que isto...

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e

procuramos em vão pela nossa alma.


(Francisco Buarque de Holanda)

domingo, 6 de setembro de 2009

A COR DA LÁGRIMA...


Por que a lágrima não tem cor?
Enquanto chorava, me pus a pensar...
Se fosse vermelha como sangue, as minhas vestes poderiam manchar.
Se a lágrima fosse amarela, a cor da alegria, expressar tristeza jamais poderia.
Se fosse azul,a cor da serenidade, eu não choraria jamais. Seria só tranqüilidade.
Se fosse branca como pétalas de rosas, não seriam lágrimas...Mas pérolas preciosas.
Ainda mais uma vez fiquei me questionando...Por que a lágrima não tem cor?
Se ela fosse preta, só expressaria o horror?
Por que será que a lágrima não tem cor?
A lágrima não tem cor...Porque nem sempre exprime dor.
E se ela fosse roxa, como poderia expressar a alegria?
As lágrimas não têm cor porque são expressões da alma.
Quando o espírito está chorando,o coração diz: tenha calma!
Se a lágrima tivesse cor deveria ter a cor do amor.
Ou mesmo a cor da paixão, que as vezes invade o coração.
Ou talvez a cor da tristeza que abala a alma e tira a calma,mas faz em meu ser uma limpeza.
A lágrima não tem cor, porque ela nos aproxima do nosso Criador.
Se a lágrima tivesse cor, eu só iria chorar de alegria.
Mas, e a lágrima da saudade? De que cor ela seria?
E a lágrima da decepção, de que cor seria então?
Se a lágrima tivesse cor deveria ter a cor de um brilhante.
Como a lágrima é preciosa, Deus deu-lhe a cor do diamante....

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

QUASE DESISTI DE SONHAR...


Não há nada mais difícil para o ser humano do que livrar-se dos sonhos que criou para si.
Deixar de sonhar não é simplesmente abandonar um plano, ou desistir de alcançar um objetivo. É livrar-se do tempo que gastou desejando, é abandonar o empenho emocional dispensado na elaboração do seu querer.
É criar leis para as elevações da alma, é romper absolutamente o mundo imaginário enxertando-o com a realidade que não é boa nem ruim, é simplesmete realidade.
Chegar ao ponto de enxergar em que momento é melhor escolher a realidade a alimentar as fantasias é a suprema sabedoria.
Eu aprendi isso.Melhor que estar preso a um sonho frustrado é olhar o espelho da verdade.
Ser invadido pela incrível descoberta de que podemos abrir mão de uma ilusão, em favor da liberdade de fazer uma nova escolha é como renascer.
Um fator muito importante desse processo é o perdão.
Perdoar-se por não ter “conseguido”, por errar, por não cumprir.
Perdoar a quem não foi capaz de completar sua parte nos acordos, que não contribuiu na realização do sonho e, portanto, deu-se tudo por perdido.
Sinto-me obrigada a dizer que a existência faz sentido (por mais que eu ache que não, na maioria das vezes), pois diante do conhecimento de determinadas verdades vencemos a doutrina da subsistência e temos a ilusão de que ganhamos mais vida, embora esse sentimento não seja, senão, mais uma ilusão a qual nos prendemos, e o ciclo reinicia...
No entanto, o que seria do homem sem o deleite de suas fantasias?


“Há quem diga que todas as noites são de sonhos.

Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão.

No fundo, isso não tem importância.

O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos.

Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares,

em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado”.


(William Shakespeare)