quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

ESTRELA MORTA...


Esta noite, pesquisando na internet, me deparei com esta foto da morte de uma estrela. Pensei na morte, em meu pai, nas estrelas, em mim. Nesses dias tenho lembrado muito nas pessoas que foram importantes em minha vida, o quanto me fazem falta e como seria tudo mais fácil se ainda estivessem comigo.
Vieram-me à mente, não sei bem porquê, os versos lendários de Luiz Gonzaga.
Entender a morte, a perda de alguém que se ama demais, é possível, mas muito difícil. Penso que, quando se começa a entender, deve ficar mais fácil de aceitar...Será?
O mais incrível dessa história de morte e de partida é que temos o poder de manter as coisas vivas. Ao meu ver, há muitos vivos que têm apenas uma existência orgânica, fisiológica. Não conseguem estar na memória do outro, nas lembranças do outro, não fazem história, não deixam sua energia ou qualquer fonte vibratória. Simplesmente existem como moléculas vivas. Outras porém, já se foram, mas quando lembradas existe um disparo energético tão grande por parte de quem o lembra, que acredito que essa energia faça vibrar em algum plano até então desconhecido de nossas capacidades sensoriais e intelectuais. .


Quando olhar meu corpo ardente
qual fogueira de São João,
saiba que o fogo
é como o céu, vai
se apagar, mas não morre, não.

Se ontem eu fui pó-de-estrela,
adubo amanhã a plantação.
Só tenho um corpo
e o seu amor, viu,
saudade é reencarnação.

Quando um dia lhe tocar
uma triste solidão,
espere a chuva
cair de novo
que eu torno em gotas pro seu sertão.

Até mesmo estrela morta
sobrevive sem razão.
Então não há mais
adeus, Rosinha.
Guarde no ventre esta oração.

Quando o negro dos meus olhos
se espalhar na escuridão,
eu lhe asseguro,
não chore não, viu,
que eu voltarei no seu coração.


(Luiz Gonzaga)


Este poema me arrancou algumas lágrimas...
A falta ainda é algo irremediável,

mas as lembranças e momentos vividos são
cicatrizes eternas na minha alma.
Isso não tem preço, é eterno...é amor.

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