domingo, 6 de novembro de 2011

A Ditadura do Câncer de Lula


É impressionante como certas pessoas ainda não enxergam que estão em uma democracia na qual podem e devem expressar seus pensamentos sobre qualquer assunto.
Devemos respeito àqueles que têm doenças da mesma forma que os enfermos devem respeitar aqueles que estão sadios. Ninguém é melhor ou merece santidade porque está doente.
Vimos nestes últimos dias que houve uma tentativa de santificação de Lula como se ele fosse alguém que não possa ser criticado. Como se o câncer o "blindasse" das críticas.
A doença não deve ser usada como objeto eleitoreiro e nem como um motivo para perdoar pessoas de crimes ou do envolvimento em crimes no passado. A doença de hoje não apaga o crime de ontem.
É bom que se diga também que ninguém é obrigado a gostar de alguém porque este alguém está com câncer ou com outra enfermidade.
Quem criticou Lula e disse que ele deveria se tratar no SUS, na verdade, está dizendo que o SUS não corresponde àquilo que o ex-presidente dizia ser "o melhor sistema de saúde do mundo". Foi mais uma balela de Lula que muita gente acreditou.
Os que disseram que ele deveria se tratar no SUS estão certíssimos e devem ser respeitados em suas opiniões, da mesma forma como diziam que os políticos deveriam colocar seus filhos para estudarem em escolas públicas.
Sentimos muito pelo clima de "ditadura militar" que a doença de Lula trouxe, pois deu a impressão de que ninguém poderia criticá-lo em uma tentativa fracassada de amordaçamento das redes sociais. Isto é uma vergonha para um país que se diz "democrático".
O pretexto de uma doença não pode "blindar" uma figura pública das críticas e da livre expressão dos pensamentos garantida pela Constituição do Brasil.
O fato de Lula estar com câncer é um ótimo pretexto para discutirmos temas importantes como o consumo de álcool, o sistema público de saúde, o consumo de tabaco, a poluição, o câncer, etc.
Para finalizar, é bom que se diga que ninguém ficará mais inocente porque teve câncer. Lula não está acima do bem e do mal e deve responder, após estar curado, sobre os casos do Mensalão em que foi "blindado" e os casos envolvendo seus ministros corruptos.
Câncer não cura a corrupção. A corrupção é um câncer.


Equipe VIVAcidade - 03.11.2011

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