sexta-feira, 17 de julho de 2009

QUANDO DEUS DIZ NÃO!

Eu sempre fui uma criança mimada, cheia de vontades. Desde pequena, eu nunca soube o significado de um “não”. Mesmo que minha mãe me dissesse “não”, eu dava um jeito de meu pai transformá-lo em um “sim”. Para mim, ou era “sim” ou era “sim”. Até que, com o tempo, a vida se encarregou de me ensinar que o “NÃO” existe no vocabulário. Não aprendi somente a sua existência, mas também a sua importância.
Para algumas situações, a minha persistência e determinação são “fora do comum”. Essa determinação me preocupa quando é utilizada para alcançar algo que Deus não disse “sim”, ou melhor, disse “não”.
Todos nós possuímos desejos, sonhos, vontades. Eu, por exemplo, sonho em ser mãe novamente, em ver meus filhos crescendo, estudando, casando, servindo ao Senhor; sonho em ter uma vida financeira estável, em ser uma gestora financeira bem sucedida. Enfim, esses são os sonhos que eu me permito compartilhar, outros, apenas Deus conhece.
A pergunta interessante é: quais são os sonhos de Deus para nós? E quando Ele diz “não” para os nossos sonhos, desejos, vontades? Às vezes, desejamos coisas simples, pequenas, aparentemente, sem importância, mas que podem causar um estrago em nossa vida. Outras vezes, essas coisas não vão causar nada, mas Deus quer nos ensinar o SEU tempo e o SEU modo e através da negação nos ajudar a subir mais um degrau.
A duras penas eu aprendi, e ainda tenho aprendido. Porque eu fui muito mimada, durante longos anos, desejei coisas e corri atrás de coisas, que, momentaneamente, me faziam ser “mais importante”, entretanto, essas coisas só me machucaram. A mesma atitude que eu tinha com meu pai, quando criança, eu tinha com Deus. Eu queria porque queria e, assim, fui apanhando, fui sofrendo, fui amadurecendo e entendendo que os olhos de Deus são olhos de águia. Ele enxerga o que não estamos vendo. Somos tão medíocres, tão pequenos, imploramos para Deus por um pedaço de pão, quando ele quer nos dar uma padaria inteira. Nossa infantilidade, não consegue aceitar que Deus não tem para nós aquilo naquele momento. Quem sabe mais adiante? Choramos e nos entristecemos por perdas, por portas fechadas, por amizades perdidas… queremos tanto… tanto… mas será que é o momento de receber esse tanto? Será que é a hora de ter a padaria? É melhor receber um pedaço de pão agora e esse pão ser um instrumento de maldição ou aguardar pela padaria e desfrutar da boa, perfeita e agradável vontade de Deus?
Se insistirmos pelo pão, Deus nos dará o pão, mas esse pão pode adoecer a nossa alma, esperamos então pelo melhor.

Não reclame quando a porta se fechar,
Deus tem outras portas maiores no final do corredor...

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