quinta-feira, 19 de abril de 2012

"Antes que o homem aqui chegasse

Às Terras Brasileiras

Eram habitadas e amadas

...Por mais de 3 milhões de índios

Proprietários felizes

Da Terra Brasilis

Pois todo dia era dia de índio..."


CARTA ABERTA DOS INDÍGENAS PATAXÓ DA BAHIA

 Indígenas denunciam jornalismo irresponsável da Rede Globo na tentativa de colocar a opinião pública contra os pataxós; Índios estão sendo torturados por pistoleiros, há muitos índios feridos. Há 30 anos o território dos indígenas foi invadido por fazendeiros e a justiça aperta ainda mais a venda dos olhos. Hoje, o que os descendentes do índio Galdino, que foi queimado vivo, estão fazendo é lutando para ter de volta o que é seu por direito!! A comunidade Pataxó Hãhãhãe, cansada de esperar pelo o julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) resolveu retomar suas terras por conta própria. Desde DOMINGO, que os índios ocuparam a região do Rio Pardo, uma área grande, aonde vivem poucos pecuarista e ocupando grande extensão de terra. Essa área está bastante degradada, uma grande floresta foi destruída para a criação de gado.
A comunidade toda resolveu se unir para recuperar as terras. A retomada tem índios adultos, crianças e idosos. Todos realizando um sonho: Ter a terra de volta.

A mídia está colocando várias matérias contra os índios Pataxós Hãhãhãe como exemplo a Rede Globo, criando uma falsa imagem que nós indígenas somos criminosos, violentos… Muitas pessoas dos municípios vizinhos estão com medo desses conflitos. Mas eles não precisam ter medo, de nós indígenas, e sim, dos fazendeiros, que estão contratando pistoleiros na região para jogar contra os Indígenas.

Nas áreas recém-ocupadas por nós índios, já estão sendo retirados os moveis e animais de alguns fazendeiros. Essa luta se estende por mais de 30 anos. Desde quando os nossos antepassados foram expulsos desse território a força. Muitos dos índios foram mortos e roubados a terras, hoje seus netos, querem essa terra de volta, e estão lutando por isso.

Sempre as terras que conseguimos foram através de retomadas, a justiça nunca nos deu nada, e principalmente, deveriam punir os assassinos dos parentes de indígenas que morreram vitimas de tocaia. Os Pataxós Hãhãhãe estão cansados de tanto apanhar. Ontem, pela manhã, os fazendeiros se reuniram juntos com seus comparsas e fizeram barreiras queimando pneus velhos na entrada do município de Pau Brasil-BA, gritando revoltado, com os índios, e dizendo que se pegasse um índio na cidade iriam matar.
Alguns amigos que temos na cidade nos avisaram e evitaram o acesso na cidade, os fazendeiros fecharam as duas vias que dão acesso aos índios a cidade. As noticias que tivemos é que alguns indígenas foram pegos de surpresas e ameaçados. Foram torturados e até roubados. Hoje tem índios espancados e feridos pelos pistoleiros de fazendeiros.

Os indígenas que tiveram na cidade foram obrigados a se esconder, ou até mesmo a fugir para não ser pegos por homens dos fazendeiros.

RETOMADA PATAXÓ HÃHÃHÃE

ARARAWÃ O clima em nossa região está tenso. Todos nós estamos sofrendo e otimista que estas terras fiquem em nossa posse. A nossa expectativa é que a justiça julgue o território e não tenha trabalho para tirar os fazendeiros, porque isso já estamos fazendo… o que está para ser julgado não é a terra e sim os títulos falsos que o governos anteriores deram aos fazendeiros. Compartilhamos imagens da retomada. Hoje os índios cantam toré e pisa em sua terra, aonde a muito tempo os fazendeiros ameaçavam a comunidade dizendo se os índios chegassem, eles teriam muitas armas para colocar os índios para fora.
Isso caracteriza que Tupã é mais forte de que qualquer valentão.

Pedimos apoio que a sociedade Brasileira, não acredite no que a Globo divulga, ela tem lado “os fazendeiros”, pois o que reivindicamos é a nossa terra, não é nossa intenção machucar alguém. Mais a Globo manipula as imagens e querem jogar a sociedade contra a nós Pataxó Hãhãhãe.

Conheçam a nossa história e vão perceber que estamos com RAZÃO!


Fonte: http://www.sindaspisc.org.br/sindaspisc/

Colaboração: A.Franz  

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