Carros importados, celulares modernos, roupas caras, pessoas bem-sucedidas... Tudo isso induz o homem a colocar sua expectativa e esperança nos desejos materiais que nunca são preenchidos, pois não satisfazem sua real necessidade. Satisfazer as necessidades de consumo é hoje prioridade para a maioria das pessoas; no entanto, seus corações correm o risco de serem moradas do que Paulo advertiu e condenou: o amor ao dinheiro. “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1 Tm. 6.10). O resultado dessa idolatria leva o ser humano ao aprisionamento, sofrimento e morte espiritual. Pois, “...cada um é tentado, pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tg. 1,14,15). Na Bíblia, encontram-se relatos de pessoas que foram envolvidas pelo amor ao dinheiro e tiveram trágico destino: Judas Iscariotes ao trair Jesus, Ananias e Safira ao mentir para o Espírito Santo, Geazi ao ser seduzido pela oferta de Naamã. Aquele que é seduzido pela riqueza torna-se dela amante e escravo: “porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”(Mt 6.21).
O poder do dinheiro é ilusório e tira o homem do que deveria ser seu foco principal. Desvia-o de suas riquezas verdadeiras, ou seja, virtudes, descanso, paz, amor real e principalmente de Deus. A fé e o amor ao Senhor precisam ser demonstrados na prática. Os conceitos do mundo não podem ser os conceitos dos crentes em Cristo. Por isso, é dito na Bíblia que entrar no Reino de Deus é tão difícil; requer desprendimento das coisas materiais, prioridade em amar a Deus e renúncia aos próprios desejos. A frase de John Wesley, resume bem este dilema: “Poucas coisas testam mais profundamente a espiritualidade de uma pessoa do que a maneira como ela usa o dinheiro, pois a verdadeira medida de nossa riqueza está em quanto valeríamos se perdêssemos todo nosso dinheiro. Por isso, quando tenho um pouco de dinheiro, livro-me dele tão logo seja possível, para que ele não encontre o caminho do meu coração”.
O coração de todo cristão deve ser preenchido pelo seu imenso amor ao Senhor a ponto de não haver lugar para outro deus em sua vida.
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