domingo, 12 de julho de 2009

SÓ QUEM AMA ENTENDE O AMOR...


A gente não ama no primeiro encontro. Na primeira troca de olhares não é amor que emana. No primeiro beijo tem um pouco de tudo: paixão, desejo, prazer; mas não tem amor. O amor se aflora com o tempo, com a vida, com a cumplicidade do dia-a-dia. Ele cresce com as trocas de carícia, com a atenção dedicada, com as confidências e segredos trocados.
Alcançar este sentimento é como jogar de montar ou quebra cabeça. É preciso saber onde encaixa cada uma das peças. É preciso ter paciência, persistência, e dedicação. Viver o amor é dar-se ao outro sem exigir nada em troca. É reconhecer que alguém vai ocupar um espaço em seu coração.
O sujeito apaixonado deixa-se dominar pela emoção do sentimento. Ele deixa-se se guiar pelo ritmo descompassado do amor. Ora eufórico com a presença do ser amado diante dos olhos, remexendo com o seu coração. Ora, tranqüilizante, com um chamego ou abraço acolhedor.
Assim é o amor, que, ao amanhecer, desperta o ser e traz a imagem da pessoa amada à cabeça, como se para desejar bom dia. Somente essa paixão desmedida é capaz de fazer com que os pensamentos dos enamorados vaguem pela via telepática do amor e se encontrem nos beijos e nas carícias do dia anterior, deixando um gostinho da saudade, de algo que não deveria acabar jamais.
A existência de um outro ser para dividir a vida a torna mais saborosa. Não há nada melhor do que saber que há alguém sempre te esperando, que há alguém pensando em como você fica bonita com os cabelos soltos e com aquele suéter vermelho. Não há nada melhor do que, depois de um dia difícil no trabalho, ter o aconchego de um colo caloroso para descansar e reabastecer as energias. Naqueles dias frios, em que a chuva a cai fininha e gelada, não há nada melhor do que a companhia de um cobertor e da pessoa amada, para esquentar os pés e fazer aquele cafuné adormecedor.
Só quem ama entende o que o amor é capaz de provocar. Muitos chamam de cafona, brega ou de romantismo exagerado. Mas, até mesmo, o mais garanhão, o mais playboy, metido a durão e pegador, vai se apaixonar. Nesse dia, em que o coração parecer saltar pela boca, as mãos transpirarem excessivamente e os pés suarem frios ele vai reconhecer o amor. Talvez se ache o mais ridículo dos apaixonados, talvez toda masculinidade que lhe irrigava a fama de machão transforme em timidez e medo. Mas, o amor tem dessas coisas. Ele não escolhe destinatário, nem remetente.
Ele apenas desperta nas pessoas a melhor sensação da vida...


Crônicas Premier
Por: Tatiane Martins

Nenhum comentário:

Postar um comentário