quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

MAIS UMA PRIMAVERA NO JARDIM DE MINHA EXISTÊNCIA...

Revisando minhas primaveras percebi que passo muito tempo reclamando de saudades. E na verdade, o que eu tenho é vontade. Vontade de acrescentar.
Não fico acalentando os bons acontecimentos do passado durante muito tempo. O que sinto, noventa por cento do meu tempo, é uma necessidade imensa de viver coisas novas com as pessoas antigas. Como também, mostrar coisas antigas a pessoas novas, que estão por aqui, colorindo mais o meu mundo.
Interessante como demoramos tanto a saber o que realmente queremos.
Foi preciso sentir tanta dor, para saber que metade delas são totalmente desnecessárias.
Foi preciso rir tanto risos para saber qual graça realmente me cai bem.
E foi preciso 39 anos para que eu pudesse saber que meu destino nunca foi morrer de saudade, e sim, viver todas as alegrias que a vida me apresenta.
É doce constatar que não há vazios, nem fantasmas, nem carência extrema, apenas paixão.
Paixão pelo que ainda não foi visto, nem feito, nem vivido. . . vontade no sentido pleno e voraz da palavra.

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